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O Mundo do Vinho

Beber bons vinhos nem sempre é uma tarefa fácil, especialmente para aqueles que estão começando nesse maravilhoso mundo do vinho. Para aqueles que já apreciam e conhecem um pouco – ou muito – dessa bebida é mais fácil e, até mesmo, possível encontrar bons rótulos sem gastar muito dinheiro.

Pensando nisso, nosso blog tem por objetivo, além de dar informações sobre o mundo do vinho, sempre sugerir alguns rótulos, algumas vezes vinhos simples, outras vinhos mais especiais. E nessa página o objetivo é dar um panorama geral – e simplificada – desse mundo.

Aproveite!

Países

Atualmente diversos países produzem vinhos, mas nem sempre foi assim. Pode-se dizer que a cultura do vinho e o desenvolvimento das técnicas de produção começaram durante o Império Romano. De lá para cá, o mundo foi dividido em “dois mundos do vinho”: o Novo Mundo e o Velho Mundo.

O Velho Mundo inclui Itália, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Croácia, Inglaterra, entre outros menos relevantes. O estilo de vinho produzido pelo Velho Mundo é o tradicional e, algumas vezes, com o uso de práticas antigas que passaram de geração para geração.

O Novo Mundo, por sua vez, é constituído por países colonizados pela Europa Ocidental e pelas novas regiões produtoras de vinhos. São eles: Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Chile, África do Sul, Uruguai, Brasil, entre alguns menos expressivos. A vantagem do Novo Mundo é que eles adotaram as ideias e praticas de sucesso do Velho Mundo, com foco na tecnologia e eficiência. Outro diferencial é que muitos produtores do Novo Mundo focam em técnicas de marketing e vinhos para serem consumidos no curto prazo. Mas isso não impede de novos regiões adotarem práticas de cultivo e manejo do Velho Mundo.

O mais importante de tudo? As duas produzem excelentes vinhos e todos merecem ser degustados! E mais, vinhos das duas já foram considerados como o melhor vinho mundo e o vinho mais caro do mundo ora é de uma, ora de outra! Nós, amantes do vinho, agradecemos a enorme variedade e diversidade de estilos e sabores.

A seguir, destacaremos os principais países produtores desses dois mundos. E o interessante dessa diversidade, é que enquanto algumas importadoras de vinhos se especializam em determinados países, outras preferem por selecionar para o portfólio um pouco de cada país. O resultado? O consumidor tem, a cada dia, mais opções para escolher o seu vinho!

 

 França: o vinho faz parte da história e da vida cotidiana dos franceses desde os primórdios. Não há quem aprecie vinho e nunca tenha ouvido falar dos famosos e, algumas vezes caríssimos, vinhos Franceses. E além do vinho, os franceses também são experts em borbulhas! Afinal, foram eles que criaram o Champagne.

Dentre as diversas regiões francesas que produzem excelentes vinhos, pode-se destacar as seguintes: Bordeaux, Borgonha (onde é produzido o famoso Romanée-Conti), Champagne e Provence.

 Itália: grande produtor de vinhos, em praticamente todas as suas regiões. Assim como ocorre na França, o vinho faz parte da cultura Italiana e sempre esteve presente na vida cotidiana de seu povo. Talvez por isso que esses dois países sempre revezam na liderança do ranking de maior produtor de vinhos do mundo! A disputa é constante e os amantes do vinho agradecem, pois os dois países produzem vinhos maravilhosos!

Nesse país as regiões são agrupadas segundo a localização geográfica, o que confere certa homogeneidade de características aos vinhos de cada uma e explica o porquê da maior parte dos rótulos indicar a região onde o vinho foi produzido. Dentre as diversas regiões, podemos citar a de Chianti, Piemonte, Toscana e Friul-Veneza-Julia.

 Argentina: com a população composta em sua maioria por imigrantes italianos, espanhóis e franceses, a Argentina sempre produziu vinhos para consumo interno. Na década de 90, entretanto, a indústria do vinho passou por um reviravolta, seus vinhos ganharam qualidade e notoriedade – como os famosos vinhos da Vinícola Catena Zapata (que além do vinho Catena também produz o delicioso vinho Alamos), o vinho La Linda (da Vinícola Luigi Bosca) – e, desde então começou a competir no cenário internacional. A Malbec foi a uva responsável por colocar a Argentina no mapa do vinho, mas os produtores tem se esforçado para demonstrar que nem só de Malbec vive a Argentina.

 Chile: o estreito e longo país localizado na costa do Oceano Pacífico é um grande produtor de vinho. Sua localização geográfica, entre o Oceano e as Cordilheiras dos Andes, e o seu clima contribuem muito para a produção de excelentes vinhos. Apesar de a uva Carménère ser muito relacionada ao Chile, a maior produção é de cabernet sauvignon.

E o mais interessante de tudo, é que seus vinhos são excelentes e os preços são muito atrativos, como os vinhos Casillero del Diablo, o Santa Helena, o Leyda, Undurraga, dentre diversos outros.

 Portugal: para os amantes do vinho, visitar Portugal é espetacular, pois suas vinícolas, digamos assim, não mudaram nos últimos 2 mil anos. É uma viagem no tempo. A produção de vinhos é muito antiga, como comprova o vinho periquita, produzido desde 1850 e adorado pelos brasileiros! A região de Douro, de tão bela, foi declarada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. E é nessa região que é produzido o famoso vinho do porto. Uma delícia! Outra região que produz excelentes vinhos é a região do Dão, próxima ao Douro. Um exemplo? O delicioso vinho Cartuxa e o EA (Eugênio Almeida).

 Espanha: a Espanha é um país com regiões muito distintas, o que faz com que esse grande produtor de vinho produza vários tipos de vinhos com distintas uvas. Vale a pena conhecer. E os espanhóis também não deixam nada a desejar quando o assunto é espumante, que nesse país recebe o nome de Cava!

 Brasil: a produção de vinho nacional tem melhorado a cada ano e não para de nos surpreender. Os vinhos nacionais tem tido reconhecimento internacional e grandes críticos afirmam que a indústria vitivinícola tem futuro, e os espumantes nacionais estão mostrando exatamente isso! Se você ainda não experimentou um espumante nacional, não perca mais tempo. Você vai adorar, não só o espumante, como também o preço. Aproveite!

Veja algumas das principais vinícolas brasileiras:

Vinícola Aurora: localizada em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, é uma das maiores e mais antigas vinícolas brasileiras. Atualmente conta com mais de 1110 famílias cooperadas e tem toda a produção orientada por técnicos que estão em contato com os produtores diariamente.

Vinícola Casa Valduga: fundada por imigrantes italianos no vale dos vinhedos, hoje a vinícola é administrada pela terceira geração da família. Atualmente seus vinhos estão presentes em mais de 20 países, nos 5 continentes.

Vinícola Salton: formalmente constituída em 1910 com o nome “Paulo Salton & Irmãos”, no centro de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Atualmente é reconhecida como um das principais vinícolas do país e está na terceira geração à frente dos negócios.

Vinícola Miolo: grande vinícola brasileira, com cerca de 40% de participação de mercado nas vendas nacionais. Tem em seu catálogo mais de 100 rótulos de vinhos e conta com parcerias na Argentina, Chile, Espanha e Itália. Nos últimos anos essa vinícola comprou a Vinícola Almadén e ampliou, ainda mais, sua área de atuação.

Cave Geisse: fundada em 1979 pelo chileno Mário Geisse, que viu grande potencial da região de Pinto Bandeira, distrito de Bento Gonçalves, para a produção de espumantes. O objetivo dessa vinícola sempre foi desvendar o potencial de qualidade da região, razão pela qual, desde os primórdios, abdicou da quantidade para obter alta qualidade. Deve ser por isso que seus espumantes são considerados por muitos experts como os melhores do Brasil.

Vinícola Luiz Argenta: Em 1999 Deunir e Itacir, filhos de Luiz Argenta, adquiriram uma propriedade em Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul, e desenvolveram um moderno projeto para a produção de uvas e vinhos. A vinícola ficou pronta em 2009 e já recebeu o título de uma das mais belas Vinícolas do Mundo, segundo a revista Adega. E seus vinhos, além de deliciosos, são vendidos em garrafas lindas!

Vinícola Lídio Carraro: vinícola comprometida com a busca da identidade do vinho brasileiro. Segue a filosofia Purista, que busca o resgate à integridade e essência do vinho, com o mínimo de interferência e máximo de respeito à uva e ao terroir.

Vinícola Cooperativa Garibaldi: localizada em Garibaldi, no Rio Grande do Sul, essa vinícola é formada pela união de 370 famílias (todos cooperados), produzindo mais de 100 rótulos de vinhos e tem obtido constante reconhecimento dos seus espumantes.

Vinícola Courmayer: fundada em 1976 por imigrantes italianos na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, essa vinícola tem como carro chefe os espumantes, que são conhecidos internacionalmente e com destaques em vários concursos, nacionais e internacionais.

Vinícola Adolfo Lona: Adolfo Lona, o proprietário da vinícola que leva seu nome, foi, por muitos anos, diretor técnico de uma grande vinícola no sul do Brasil. Seu conhecimento e os anos de experiência foram decisivos para que decidisse produzir pequenos lotes de espumante. A ideia é produzir pequenas quantidades, de forma artesanal, seguindo as técnicas tradicionais e sem o uso de equipamentos sofisticados, tudo para garantir a alta qualidade do produto final – o adorado espumante!

Estados Unidos: a Califórnia é o estado que tem maior destaque na produção de vinho, e as regiões mais famosas são as de Napa e Sonoma. Os vinhos da Califórnia ficaram mundialmente conhecidos depois de venceram os vinhos franceses numa degustação às cegas que ocorreu em Paris em 1976, que ficou conhecido como “O julgamento de Paris”. Seus vinhos são excelentes! E os americanos destacam-se tanto na produção de vinhos com a Cabernet Sauvignon (que ganhou o citado concurso), como na produção de vinhos com outras uvas, como a Zinfandel.

Nova Zelândia: o conjunto de ilhas (norte e sul) que formam a Nova Zelândia tornou-se um grande produtor de vinho no sentido qualitativo, e não quantitativo. A região que mais se destaca é a de Marlborough, localizada na ilha sul. Os vinhos produzidos nessa região são de altíssima qualidade e de grande renome.

Austrália: com mais de 60 regiões vitivinícolas, a Austrália tem destaque no mundo do vinho. A maior parte delas tem equipamentos muito modernos e com a maior parte do processo produtivo automatizada. A fama mundial começou pela produção de vinho Shiraz, mas atualmente esse país também é um grande produtor de Chardonnay, que juntos representam mais de 40% da produção nacional.

África do Sul: atualmente esse país tem produzido excelentes vinhos brancos e tintos. No mundo dos tintos, destacam-se o cabernet sauvignon, syrah, pinotage e merlot. Por outro lado, no mundo dos brancos o maior destaque é do Chenin Blanc, conhecida nacionalmente como Steen.

 Uruguai: outro vizinho que produz excelentes vinhos. A tannat é a sua uva mais famosa, mas não a única maravilha produzida pelos uruguaios. Apesar de pequeno, esse país tem 3 regiões vitivinícolas que se destacam: Canelones, com a maior concentração de vinícolas e maior produção, próxima à capital Montevidéu; Colônia, próxima à Colônia del Sacramento, declarada como patrimônio da humanidade pela Unesco e, Maldonado, a mais nova região vitivinícola, próxima ao famoso balneário de Punta del Este.Os vinhos uruguaios tem tido grande destaque no cenário mundial, conquistando medalhas e prêmios!

Alemanha: famoso por seus vinhos brancos doces, especialmente os elaborados com a uva Riesling. Mas além desses, a Alemanha produz muitos outros tipos de excelentes vinhos, brancos secos a tintos. Vale a pena conhecer e fugir do óbvio.

Uvas

É enorme a variedade de uvas que existem atualmente e que podem ser utilizadas para a produção de ótimos vinhos. E o vinho pode ser feito a partir de uma única uva ou da mistura de duas ou mais. O feito a partir de uma única uva é chamado de varietal, e o produzido a partir da mistura de dois ou mais tipos de uvas, chamado de blend ou corte. E alguns desses blends recebem o nome da região que o criou, como por exemplo o blend de Bordeaux ou de Chianti. A variedade é tão grande que seria impossível elencar todas aqui, por isso destacaremos algumas das castas mais usadas na produção de vinhos e espumantes mundo afora.

Malbec: a uva malbec é originária da França, mas teve excepcional desenvolvimento na Argentina. O vinho tinto malbec tem tido grande destaque, mas vale a pena lembrar que o Malbec Argentino tem sabor bem distinto que o Francês. O primeiro é muito mais frutado que o segundo; o segundo, por sua vez, é mais ácido que o primeiro. Experimente!

Cabernet Sauvignon: conhecida como a rainha das uvas tintas, a cabernet sauvignon é uma uva potente, que produz excelentes vinhos. Cultivada no mundo todo, atualmente é considerada como a uva de entrada de novas vinícolas – para ser reconhecida internacionalmente, a vinícola deve produzir um bom cabernet sauvignon. O famoso vinho Francês da região de Bordeaux é produzido a partir de uma mistura de uvas e uma delas é a cabernet sauvignon.

Carménère: originária da França, por muitos anos foi considerada uva extinta, até que na década de 90 foi redescoberta no Chile, onde era cultivada como merlot. Os Chilenos conseguiram separar as mudas de Carménère das de Merlot e passaram a produzir vinhos espetaculares graças ao excelente trabalho dos produtores e enólogos e, também, da grande adaptabilidade dessa uva no Chile.

Pinot Noir: a mais delicada de todas as uvas tintas – assim é definida a pinot noir. De tão delicada, é usada na produção de espumantes e champanhes. Sua característica mais marcante é a suavidade de seu sabor, característica que a faz ser amada por uns e odiada por outros.

Chardonnay: uva branca usada na mistura de uvas do Champanhe, mas também usada sozinha na produção de vinhos brancos. As principais características – maleabilidade e versatilidade, são os aspectos que mais geram controvérsia em torno dessa uva. Para alguns, o vinho chardonnay não tem personalidade própria; para outros, sua maior personalidade é retratar as características do local onde é produzido… Nada como experimentar e ter a sua própria opinião!

Merlot: uva que faz parte da conhecida mistura a partir da qual é produzido o vinho bordeaux, a merlot tem características espetaculares. Com ela são produzidos excelentes vinhos, tanto de corte (mistura de uvas) como varietal (somente uma uva). A merlot é originária da França e, até hoje, Bordeaux é a região com a maior área plantada.

Sauvignon Blanc: uva branca cultivada na maioria das regiões vitivinícolas do mundo, a sauvignon blanc dá origem a vinhos leves e refrescantes, perfeitos para acompanhar saladas e aperitivos. Segundo a crítica de vinhos Jancis Robinson, o vinho sauvignon é um excelente vinho para começar a aprender os diferentes tipos e aromas do mundo do vinho, pois, segundo ela, esse vinho tem cheiro e sabor muito semelhante independentemente do lugar onde (a uva) é plantada.

Pinot Grigio (Pinot Gris): pinot grigio na Itália, pinot gris na França. A diferença de nome indica não só a diferença da língua do país onde o vinho é produzido, mas especialmente a diferença de estilo entre o pinot grigio italiano e o pinot gris francês! O francês é mais frutado e encorpado, ao passo que o italiano é mais seco e com aroma quase neutro.

Syrah e/ou Shiraz: a origem dessa uva é controversa, mas se desenvolveu muito bem na região do Rhône, na França, e atualmente é uma das 10 uvas mais plantadas do mundo. De fácil adaptabilidade, a Shiraz pode ser plantada nos mais distintos terrois e, o vinho produzido em cada um deles terá características peculiares, pois seu sabor e aroma variam de acordo com o local onde a uva é cultivada.

Zinfandel: com essa uva são produzidos vinhos brancos e tintos. O Zinfandel branco tem pouco álcool, poucas calorias e tem sabor adocicado. O tinto, por sua vez, tem cor vermelho claro, é mais alcoólico, com alta acidez, o que faz com que tenha corpo médio. Os mais famosos são os produzidos na região de Napa Valley, na Califórnia, estados Unidos.

Petit Verdot: essa variedade de uva não é muito conhecida, mas é muito usada no corte de grandes vinhos, como os vinhos dos Châteaux Margaux e Latour, ambos localizados na região de Bordeuax, na França. Seu nome, que significa “verde pequeno”, refere-se a um dos ‘problemas’ que os produtores da região de Bordeaux sempre reclamaram, que é o não desenvolvimento adequado dos seus frutos no tempo normal. Talvez por essa razão que a uva adaptou-se muito bem em regiões mais quentes, como na Califórnia, nos Estados Unidos e na Argentina e no Chile.

Pinotage: uva nativa da África do Sul, descendente de um cruzamento entre a Cinsault e a Pinot Noir, mas que produz vinhos muito mais parecidos com a Shiraz do que com suas ascendentes. Durante muitos anos a fama do vinho pinotage não era boa. Isso porque, como essa uva tem alta produtividade, os produtores optavam por fazer vinhos de baixa qualidade comercial. Felizmente, nos últimos anos, alguns produtores sul africanos passaram a investir na produção de vinhos de boa qualidade e a fama dessa uva está mudando.

Riesling: os vinhos feitos a partir dessa uva são vinhos praticamente únicos, que não parecem com nenhum outro tipo de vinho. Geralmente são vinhos com baixo teor alcoólico, refrescantes e com acidez natural. Além disso, costumam transmitir as características do local onde a uva foi plantada, como, por exemplo, seu aroma.

Variedades

Considerando a enorme variedade de uvas, não é de se espantar que existam inúmeros tipos de vinhos. A fim de organizá-los, pode-se dizer que existem 5 tipos básicos de vinhos – vinho tinto, vinho branco, vinho rosé, espumante e vinho fortificado. Mas essa é apenas uma classificação básica, pois dentro de cada um desses tipos há centenas de variedades de uvas e diferentes modos de produção. Destacaremos algumas dessas inúmeras variedades.

Espumante: é um vinho gaseificado; pode-se dizer que espumante é todo vinho que sofre duas fermentações e, portanto, que tem borbulhas. O vinho pode se tornar espumante por dois métodos: champenoise (método tradicional), no qual a segunda fermentação ocorre na garrafa, ou pelo método charmat, no qual a segunda fermentação ocorre em tanques de inox.

Prosecco: é o vinho gaseificado produzido nas regiões de Vêneto e/ou de Friulli, ambas na Itália. E para ser prosecco, o vinho somente pode ser feito pelo método charmat – segunda fermentação em tanque de inox.

Champanhe:  é o vinho espumante produzido na região de Champagne, na França. Para ser chamado de Champagne, o espumante deve, além de ser produzido nessa específica região, seguir todas as regras pré-estabelecidas a respeito do método de cultivo, vinificação e produção.

Cava: é o espumante produzido na região de Cava, na Espanha. Ao contrário do que ocorre com a região de Champagne, na França e de Friulli e Veneto, na Itália, a região chamada de Cava não é geograficamente demarcada, mas mesmo assim é uma denominação de origem (DO). Assim, pode ser chamado de Cava todo espumante produzido na grande área que compõe a DO de Cava e que tenha sido feito de acordo com as regras pré-estabelecidas por lei.

Vinho Rosé: vinho de cor rosada, que pode variar entre o rosa bem claro até o alaranjado. É um vinho leve e refrescante, geralmente bem aromático. Esse vinho é feito com uvas tintas – que dão a cor rosada, mas vinificado pelo processo do vinho branco (o que confere a refrescância e leveza).

Vinho Tinto: vinho de cor vermelha, que pode variar do vermelho claro ao vermelho bem escuro, quase preto, dependendo do tipo de uva usada na vinificação.

Vinho Fortificado: estilo de vinho que se caracteriza pela adição de aguardente durante o processo de fermentação. É um vinho tipicamente de sobremesa, mas existem vinhos fortificados secos.

Vinho do Porto: famoso vinho fortificado português, da região do Douro. O principal diferencial desse vinho é a adição de aguardente durante o período de fermentação. A aguardente interrompe o processo de fermentação e elimina todas as leveduras que transformam o açúcar da uva em álcool, fazendo com que haja grande sobra de açúcar no vinho. Por essa razão que o vinho do porto é doce por natureza.

Vinho Branco: vinho de cor clara, que pode variar do amarelo escuro até o quase transparente. É um vinho leve e refrescante que pode ser feito a partir de uvas tintas ou brancas. E isso porque, a coloração escura do vinho tinto decorre do contato da casca da uva com mosto (suco que se obtém após espremer a uva). Assim, para a produção do vinho branco, é necessário não deixar o mosto em contato com a casca da uva.

Vinho Moscatel:  moscatel é uma variedade de uva muito aromática e doce. Existem mais de 100 tipos de uva moscatel, mas as mais famosas são: moscatel branca, a moscato de asti e a muscat de alexandria. A moscatel pode produzir vinhos doces ou secos e espumantes. Dos doces, um dos mais conhecidos é o Moscatel de Setúbal, vinho português. Entre os espumantes, o mais famoso é o Espumante Asti, produzido na Itália.

Vinho Verde: vinho português que pode ser tinto ou branco, o vinho verde é leve e refrescante e tem esse nome porque deve ser consumido quando ainda jovem.  A região do vinho verde está localizada no extremo norte de Portugal e tem mais de 34 mil hectares destinados ao plantio de uva.

Vinho Seco: é o vinho que não tem doçura perceptível. De acordo com a legislação, é seco todo vinho que tenha até 5g/L de açúcar residual.

Vinho Meio Seco: é o vinho em que o açúcar é perceptível e pode ser bem doce ou levemente doce, pois de acordo com a legislação é meio seco o vinho que tenha entre 5,1g/L a 20g/L de açúcar residual.

Vinho Doce: é o vinho que tem sabor muito adoçicado. O vinho naturalmente doce, vinho de boa qualidade, é um dos vinhos mais difíceis de ser produzido e é ideal para ser servido junto com a sobremesa. Infelizmente existe muito preconceito com esse tipo de vinho, pois muitos produtores apenas adicionam açúcar para deixar o vinho doce, o que diminui enormemente a qualidade do produto.

Vinho Suave: no Brasil, é chamado de vinho suave todo vinho que tenha mais de 25g/L de açúcar residual, o que faz com que todo vinho suave – no Brasil – seja doce.

Vinho Licoroso: de acordo com a legislação brasileira, é licoroso o vinho que tem entre 14% a 18% de álcool em sua composição.

Críticos

Atualmente existem diversos críticos de vinhos mundialmente reconhecidos que avaliam os mais distintos vinhos por rótulo e safra. Todas as avaliações seguem critérios básicos, como a análise da acidez, do corpo, da persistência, dos taninos, mas todas são subjetivas, pois a avaliação de um vinho não pode ser considerada como uma ciência exata. As notas dadas devem servir apenas de parâmetro, e não como uma regra a ser seguida cegamente. Afinal, o melhor vinho é sempre aquele que agrada o paladar de quem o degusta!

JR Jancis Robinson: britânica, crítica de vinhos e jornalista. Colunista do Financial Times e escreve diariamente em seu site, que tem assinantes em mais de 100 países e recebeu o prêmio Louis Roederer Interncional Wine Writers de melhor site sobre vinho de 2010. Em seu sistema de pontos, atribui notas até 20 pontos, da seguinte forma: 19-20, verdadeiramente excepcional; 17.5-19, espetacular; 16.5-17-5, excelente; 15.5-16.5, qualidade superior; 14.4-15.5, bom vinho.

RP Robert Parker: considerado o crítico de vinhos mais influente do mundo, publica as notas (sistema de 50 até 100 pontos) que atribui aos vinhos degustados na revista Wine Advocate.  As faixas de pontos indicam o seguinte: 96-100, vinho extraordinário, profundamente complexo, com todos atributos de um clássico; 90-95, vinho excepcional, de grande complexidade; 80-89, vinho médio ou um pouco acima da média, bom e sem falhas visíveis; 70-79, vinho simples e bom; 60-69, vinho abaixo da média, com deficiências perceptíveis; 50-59, vinho considerado inaceitável.

WS Wine Spectator: famosa revista de vinhos que degusta mais de 15.000 rótulos de vinhos por ano. Seus editores analisam as mesmas regiões vinícolas anualmente, o que possibilita o desenvolvimento de melhor conhecimento dos vinhos da região. A revista publica diversas listas, como a aclamada TOP 100, com vinhos que se destacaram na conjunção de quesitos pontuação, preço e disponibilidade. As notas variam de 50 a 100 pontos.

DE Decanter: revista inglesa que avalia vinhos por 3 sistemas diferentes, dependendo do avaliador. Os sistemas são: de 1 a 5 estrelas, até 100 pontos e até 20 pontos. Anualmente a revista promove o Decanter World Wine Awards, concurso em que são atribuídas medalhas das vinhos degustados e que acontece ao redor do mundo.

DS Descorchados: Guia anual que analisa somente vinhos da América do Sul, especificamente Chilenos, Argentinos e Uruguaios. No último ano incluiu em sua avaliação os espumantes brasileiros. Todas as degustações são às cegas e o sistema de pontuação é de até 100 pontos.

WE Wine Enthusiast: Adota o mesmo sistema de notas do crítico Robert Parker, atribuindo aos vinhos pontuação que varia de 50 a 100 pontos. A diferença reside na opinião dos avaliadores, que possuem opiniões um tanto quanto distintas da opinião dos avaliadores de Parker.

GR Gambero Rosso: guia de vinhos italianos, que analisa a grande maioria dos vinhos produzidos na Itália. O guia atribui de 0 a 3 Bicchieri (taças) e, para os produtores que obtiveram 3 Bicchieri por 10 vezes, o guia atribui uma Stella (estrela).

VV Vivino: aplicativo de vinhos, com base de dados enorme, que reconhece o rótulo da garrafa e fornece informações sobre o vinho, como produtor, região, país, nota dada pelos usuários (que varia de 1 a 5) e preço médio.

Curiosidades e Além do Vinho

Falar sobre vinho é uma delícia e o assunto parece que nunca acaba! Há sempre uma curiosidade, uma descoberta, uma dica, não é? Aqui você encontrará algumas dessas curiosidades e outros assuntos relacionados ao vinho. Aproveite!

História do Vinho: historiadores e pesquisadores afirmam que a história do vinho teve início na região onde hoje estão a Geórgia, Armênia e Turquia, mas o seu grande desenvolvimento ocorreu durante o Império Romano, especialmente em razão de sua expansão por todo o território onde atualmente está a Europa. De lá para cá muita coisa mudou, mas é sempre bom saber um pouco mais de história, não acha?

Harmonização de vinho e comida: os mais experientes no assunto sugerem algumas regras básicas, tais como: vinhos tintos encorpados como Malbec e Cabernet Sauvignon harmonizam com carnes vermelhas e com carnes de caça; vinhos brancos combinam bem com peixes e frutos do mar; tintos leves, como o Pinot Noir, rosés e brancos, com aves. Mas na verdade, sugestões como essas não devem ser encaradas como regras, mas apenas como uma direção, uma ideia que pode ser seguida sem, jamais, ser considerada como uma obrigação, pois somos livres para criar novas combinações. E lembre-se: a melhor harmonização sempre será a que mais agradar o seu paladar!

Clube do vinho: os clubes do vinho surgiram para tornar mais fácil a vida dos apreciadores de vinho. Isso porque sua proposta é enviar para seus assinantes, periodicamente, boas e distintas opções de vinhos. O sucesso foi tanto que hoje existem muitas opções de clubes do vinho!

Taças de vinho: todo mundo sabe que existem diversas taças para vinho, mas nem sempre sabemos o porquê existem tantos tipos e qual a efetiva razão dessa grande variedade, não é? Resumidamente, podemos dizer que o uso da taça certa ajuda a extrair o melhor de cada vinho, pois o desenho das taças é técnico, com foco no caminho que o vinho faz da taça até a boca e como os aromas chegam até o nariz. Mas essas especificidades são para os técnicos e especialistas. Nós, reles mortais, podemos apreciar maravilhosamente bem nossos vinhos com alguns tipos básicos de taças, como a taça para vinho branco, a taça para vinho tinto e a taça para espumante. Se quiser saber mais, confira nosso artigo sobre taças de vinho.

 


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